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Centro Hospitalar e Universitário de Santo António

Enxaqueca grave: aumentar o acesso às equipas de saúde e evitar admissões no serviço de urgência

A abordagem de Patient Initiated Follow-up (PIFU) - ou seguimento iniciado pelo doente - capacita os pacientes para detetar e reportar sinais de agravamento e ajuda os profissionais de saúde a identificar e gerir sinais de descompensação precocemente, reduzindo consultas desnecessárias e hospitalizações evitáveis. Descubra como a UpHill aumentou a capacidade do CHUdSA aplicando esta estratégia em jornadas de cuidados optimizadas e automatizadas para a gestão de doentes com enxaqueca grave.

80%

Red flags resolvidas remotamente

95%

Adesão dos doentes

85%

Satisfação dos doentes

As estratégias de follow-up tradicionais, que utilizam modelos sequenciais e intervalos de tempo fixos, sem ter em conta a natureza variável e imprevisível da evolução clínica, resultam em admissões nas urgências que podiam ser prevenidas: de acordo com a evidência, 25% dos internamentos poderiam ser evitados com intervenções atempadas1 e cerca de 40% dos utentes mais frequentes do serviço de urgência são doentes crónicos.2
Neste contexto, o Patient Initiated Follow-up (PIFU) dá aos doentes flexibilidade e conveniência para comunicarem as exacerbações dos sintomas e de marcarem as consultas de acompanhamento quando efetivamente precisam. (Para aprofundar o tópico, leia este artigo).
O Centro Hospitalar Universitário de Santo António (CHUdSA) é uma instituição de referência, com mais 4.900 profissionais e 800 camas. Com a UpHill, implementou esta abordagem para melhorar a gestão de doentes com enxaqueca grave, doença que representa a principal causa de incapacidade em pessoas com idade inferior a 50 anos.3

Objetivos

  • Identificar atempadamente exacerbações de enxaqueca;
  • Referenciar os doentes com risco mais elevado para o nível certo de cuidados;
  • Prevenir admissões evitáveis no Serviço de Urgência;
  • Capacitar os doentes para a auto-gestão;
  • Aumentar a segurança dos doentes através do contacto próximo e regular com a equipa hospitalar;
  • Melhorar as decisões clínicas com base nas informações mais atualizadas;
  • Recolher PROMS (Patient-reported outcome measures).

Solução

O software de orquestração de jornadas de cuidados da UpHill foi implementado, dando aos doentes a possibilidade de alertar a sua equipa de saúde sempre que estavam numa situação de agravamento de sintomas, sem sobrecarregar o serviço de urgência ou marcar uma consulta que poderia revelar-se desnecessária.
Uma vez ativado o mecanismo, são automaticamente despoletados questionários de acompanhamento que permitem às equipas clínicas avaliar a frequência, duração e gravidade das crises.
Por outro lado, esta solução deu aos profissionais visibilidade dos doentes em agravamento, permitindo-lhes ajustar os próximos passos do percurso em conformidade. Se a crise fosse de baixo risco, os doentes recebiam recomendações. Caso se tratassem de crises de risco elevado, os profissionais de saúde eram aconselhados a ajustar a terapia ou antecipar a consulta de follow-up.

Ter um sistema em que o próprio doente vai fornecendo essa informação clínica e em que essa informação clínica vai sendo curada e interpretada, e ter a capacidade de filtrar esses alertas, para que a equipa clínica não seja inundada por estes sistemas, é extremamente importante.

Vasco Miranda, MD

Coordenador do Laboratório de Saúde Digital

Detalhes e destaques da solução

  • Autonomia para o doente comunicar sinais de agravamento da doença, utilizando canais familiares (SMS, chamada telefónica e correio eletrónico).
  • Sem dispositivos ou procedimentos médicos invasivos.
  • Utilização de questionários e scores validados e automatizados.
  • Geração automática de alertas para avisar as equipas acerca dos doentes em agravamento.
  • Estratificação automática dos doentes de acordo com o risco e recomendações sobre as melhores ações a tomar.
  • Capacidades de interoperabilidade para ligar diferentes sistemas, reduzindo a repetição de tarefas.
  • Conformidade com as certificações padrão mais relevantes do sector.

A visibilidade sobre todo o percurso do doente, o facto de enviar os alertas por email e poder visualizar a plataforma no telemóvel são características que tornam a UpHill útil para as equipas de enfermagem responsáveis pelo seguimento de doentes crónicos.

Bárbara Oliveira

Enfermeira

Impacto e insights

  • 95% adesão dos doentes
  • ~80% dos doentes considera que este serviço permitiu uma resolução mais rápida dos episódios de dor
  • 85% dos doente considera que o mecanismo facilita o acesso às equipas de saúde e faz com que se sintam mais seguros e acompanhados na auto-gestão.
  • 23% dos doentes ativou o acompanhamento pelo menos uma vez

O projeto vai de certeza ter retorno financeiro para o hospital. Estes produtos são altamente escaláveis.

Rita Veloso

Vogal Executiva

Isenção de responsabilidade

Estes dados são específicos para este caso de uso nesta instituição e servem como exemplo de como o UpHill Route melhora indiretamente os processos de gestão de pacientes, em contextos onde são utilizados sistemas de suporte à decisão clínica. A informação foi recolhida pela própria instituição. O UpHill Route não garante benefícios clínicos diretos relacionados com a resolução de alertas, a adesão dos pacientes ou a satisfação dos mesmos.

Referências

  1. Reducing preventable admissions to hospital and long-term care – a high impact change model. (n.d.). Retrieved February 28, 2023, from https://www.local.gov.uk/our-support/partners-care-and-health/care-and-health-improvement/working-hospitals/reducing-preventable-admissions
  2. Shergill, Y., Rice, D., Smyth, C., Tremblay, S., Nelli, J., Small, R., Hebert, G., Singer, L., Rash, J. A., & Poulin, P. A. (2020). Characteristics of frequent users of the emergency department with chronic pain. CJEM22(3), 350–358. https://doi.org/10.1017/cem.2019.464 
  3. Steiner, T. J., Stovner, L. J., Vos, T., Jensen, R., & Katsarava, Z. (2018). Migraine is first cause of disability in under 50s: will health politicians now take notice?. The journal of headache and pain19(1), 17. https://doi.org/10.1186/s10194-018-0846-2

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