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ULSLA (Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano)

Integração de cuidados: manter os doentes no radar para garantir os cuidados certos, no momento certo

O aumento da população com doenças crónicas, que exige um acompanhamento sustentado e prolongado pelo sistema de saúde, bem como cuidados interdisciplinares e abrangentes, sublinha a importância da integração de cuidados para melhorar a qualidade dos serviços e a eficiência operacional das unidades de saúde. Saiba como a UpHill impulsionou o trabalho da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano através da digitalização e automatização do percurso assistencial da pessoa com insuficiência cardíaca.

+ 1300

comunicações enviadas

+ 85 horas

de trabalho poupadas

+ 70%

adesão dos doentes

A Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA) é constituída por um hospital secundário (Hospital do Litoral Alentejano) e cinco centros de saúde. Além da complexidade inerente à coordenação dos percursos de cuidados em contextos tão variados, a instituição enfrenta desafios adicionais: com uma população superior a 105.000 doentes, aproximadamente 25% dos quais com mais de 65 anos, e distribuídos por uma área de 5.300 km², a gestão eficaz das doenças crónicas torna-se preponderante.
As doenças crónicas desenvolvem-se com episódios recorrentes de descompensação, com um padrão característico: os doentes raramente voltam ao seu estado inicial, mesmo após a recuperação. Assim, os cuidados de saúde prestados em intervalos episódicos e limitados no tempo, sem ter em conta a natureza dinâmica e imprevisível da evolução clínica, são insuficientes para responder às necessidades destes doentes.
O principal foco na gestão destes casos assenta em medidas proativas que permitem prevenir a descompensação. Tal exige a reestruturação dos cuidados, tendo em vista a identificação precoce de sinais de descompensação, o acesso rápido aos cuidados que cada pessoa precisa e a coordenação coesa entre diversos níveis e contextos de cuidados de saúde.
As equipas clínicas e de gestão da ULSLA têm demonstrado uma notável capacidade de resposta às limitações de recursos e ao imperativo de minimizar as barreiras geográficas, fazendo da instituição um exemplo na integração de cuidados.

Objetivos do projeto

  • Garantir a consistência dos cuidados e apoiar as decisões clínicas na melhor evidência;
  • Melhorar a colaboração entre as equipas, aumentando a visibilidade do doente ao longo de todo o percurso e eliminando os silos de informação;
  • Identificar atempadamente as exacerbações da insuficiência cardíaca, melhorando a abordagem de follow-up;
  • Referenciar os doentes para o nível de cuidados adequado, de acordo com o seu risco;
  • Prevenir admissões evitáveis no serviço de urgência ou hospitalizações;
  • Melhorar a experiência e a segurança dos doentes;

Solução

A solução da UpHill, dirigida à doença crónica, foi aplicada para otimizar a integração de cuidados, atendendo às necessidades dos pacientes e das equipas de saúde.
Através da sua implementação, a ULSLA digitalizou o percurso assistencial de cuidados da pessoa com insuficiência cardíaca, estabelecendo uma abordagem padronizada nos cuidados primários e hospitalares. Esta iniciativa não só garante a visibilidade do estado do doente, como também facilita a partilha de informações entre todos os profissionais de saúde. Além disso, foi introduzido um mecanismo de automação para monitorizar e acompanhar sistematicamente o progresso de todos os doentes, identificando aqueles que apresentem sinais de alarme.

Jornadas de cuidados multidisciplinares e multinível suportadas por um clinical pathway

A jornada de insuficiência cardíaca da ULSLA representa uma intervenção abrangente, concebida para prestar cuidados médicos contínuos e multidisciplinares. Iniciada através de um documento de consenso, esta estrutura delineia as ações, decisões e critérios de diagnóstico, tratamento, acompanhamento e referenciação para a abordagem a doentes com insuficiência cardíaca. O documento serve como um sistema de suporte para intervenções baseadas em evidência, tanto por parte das equipas de cuidados primários como das equipas hospitalares, facilitando a tradução das boas práticas para o contexto local.

Os percursos assistenciais de cuidados permitem alavancar a melhor prática clínica - baseada em guidelines - na melhor organização possível para uma instituição em particular. Garante que o doente tem os cuidados certos, no momento certo e na tipologia de cuidados mais adequada a cada situação.

Adelaide Belo, MD

Coordenadora do Projeto de Gestão de Caso

Sistema de suporte à decisão clínica para normalizar as melhores práticas

A UpHill fornece, aos profissionais de saúde, recomendações em tempo real e baseadas na melhor evidência, assegurando cuidados consistentes e melhorando a tomada de decisão. Nos cuidados de saúde primários, tal facto é especialmente relevante para melhorar as competências dos médicos de Medicina Geral e Familiar. Por outro lado, no que diz respeito às equipas de enfermagem, tal prática também se repercute no aumento da sua autonomia. Adicionalmente, com critérios de referenciação claros, definidos no âmbito do percurso de cuidados predefinido, este sistema assegura a referenciação adequada, melhorando a eficiência global dos cuidados de saúde.

A ferramenta de suporte à decisão clínica é fundamental, porque, dada a complexidade do protocolo criado para o seguimento dos doentes com insuficiência cardíaca - com tantas particularidades consoante a situação clínica - não era possível estarmos a consultar o documento a toda a hora. A ferramenta de suporte à decisão, para além de ajudar o profissional a tomar as decisões, vai ajudar a tomar a melhor decisão. E essa decisão é tomada em qualquer lugar, onde quer que o doente esteja.

Inês Coimbra do Vale, MD

Especialista em Medicina Geral e Familiar

Automação de tarefas para aumentar a capacidade das equipas e monitorização em tempo real para definir prioridades

A UpHill permite à ULSLA monitorizar automaticamente o estado de saúde dos pacientes e identificar os que necessitam de cuidados ou intervenções urgentes. Esta metodologia proativa promove intervenções atempadas, evitando potenciais complicações. Ao alertar prontamente as equipas de saúde para alterações críticas no estado de um paciente, o sistema permite estabelecer prioridades e alocar recursos de forma eficaz.

O facto de termos acesso aos alertas automáticos que resultam das respostas dos doentes ou cuidadores ao questionário de sinais e sintomas aplicado pela assistente virtual, permite-nos antecipar descompensações e potenciais idas ao serviço de urgência ou até internamento.

Mónica Santos

Enfermeira Especialista

Interoperabilidade a ligar sistemas

A UpHill integra-se com os sistemas de informação existentes. As capacidades de interoperabilidade garantem que todas as equipas, em todas as unidades, têm exatamente a mesma informação sobre o paciente e sabem, em tempo real, o que foi feito e quais são os próximos passos.

A jornada automática permite que, em qualquer momento ou contexto, o doente seja inserido no percurso ou então ativado na fase em que se encontra. Ficando ativo no percurso, é visível, por qualquer médico que acede à plataforma, o que é que se passa com o doente naquele momento. Anteriormente, isto era impossível.

Teresa Bernardo, MD

Responsável pela Unidade de Medicina de Ambulatório

Detalhes e destaques

  • Percurso de cuidados baseado na melhor evidência e ajustado à realidade local.
  • Sistema de suporte à decisão com interação passo a passo.
  • Armazenamento de dados do doente no sistema de suporte à decisão.
  • Follow-up automático com uma abordagem omnicanal e canais familiares do doente (SMS, chamada telefónica e correio eletrónico).
  • Sem dispositivos ou procedimentos médicos invasivos.
  • Utilização de questionários e scores validados e automatizados, nomeadamente o Indíce de LACE para previsão de readmissões.
  • Estratificação automática dos doentes de acordo com o risco.
  • Utilização da informação recolhida para atualizar o estado do doente de forma automática.
  • Geração automática de alertas para avisar as equipas de saúde sobre os sinais de alerta dos doentes.
  • Visibilidade das ações automatizadas em tempo real.
  • Capacidades de interoperabilidade que ligam diferentes sistemas, reduzindo a repetição de tarefas.
  • Conformidade com as normas e certificações do setor.

[Com este projeto] querermos que a população que servimos, sinta os seus 5300 quilómetros, da mesma forma que sente a população de Matosinhos, em que a unidade de cuidados primários mais distante do hospital fica a cerca de 16 quilómetros e tem metro à porta.

Catarina Filipe

Presidente do Conselho de Administração

Impacto e conclusões

  • +500 doentes incluídos em 6 meses
  • Idade média de 77 anos
  • +100 profissionais de saúde a utilizar o software
  • +1300 comunicações enviadas
  • 70% de adesão dos doentes
  • 85 horas de trabalho de profissionais de saúde poupadas
  • 95% dos alertas resolvidos antes do tempo previsto

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